No PR, projeto mostra vantagens na produção orgânica de leite de búfala

Produção de leite de búfala de forma orgânica é viável e lucrativa.
Consumo de muçarela aumenta 30% ao ano e produção não acompanha.


Um projeto do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) mostra que a produção do leite de búfala de forma orgânica é viável e lucrativa.
O que o búfalo tem de grande, pode ter de lucrativo. Em uma fazenda, em Lapa, na região de Curitiba, o Iapar está desenvolvendo um projeto inédito no Paraná. Eles criam búfalas para a produção de leite orgânico.
Os animais têm tratamento especial, só comem o que é orgânico, seja pasto ou silagem, não pode ter nada de agrotóxicos ou qualquer produto químico. A regra também vale na hora do tratamento e remédios, só se for de homeopatia ou plantas medicinais, detalhes que garantem o selo de produção orgânica.
José Lino Martinez é o veterinário que cuida do projeto. A fazenda tem 66 animais e ele conta que, no começo, os criadores até ficam com receio, mas que este tipo de produção é bem mais fácil do que parece.
Cada búfala dá de sete a oito litros de leite por dia, desde que o bezerrinho esteja ao lado. Como a produção é orgânica, não se pode usar hormônios, por isso, tem que respeitar o período de produção de cada animal, que costuma ser de abril à dezembro. As vantagens são muitas! O leite de búfala tem mais proteína e mais gordura, ideal para produção de queijo.
Depois de cinco anos trabalhando apenas com a produção do leite orgânico e mandando para as indústrias, o Iapar se equipou para que o queijo possa ser produzido lá mesmo.
A Associação Brasileira de Criadores de Búfalos estima que o consumo de muçarela aumenta 30% todos os anos, e a produção não tem acompanhado esse ritmo. Além disso, esse tipo de queijo é mais caro. Para se ter uma ideia, um quilo de muçarela de búfala chega a custar o dobro da muçarela convencional, e por ser orgânico, essa diferença de preço pode ser até quatro vezes maior.
Qualquer produtor do estado que queira conhecer melhor o projeto, pode entrar em contato.

Fonte: www.iapar.br