Interleite Sul terá exemplos mundiais de sucesso na cadeia do leite

Palestrantes apresentarão tendências e experiências do setor em outros países, nos dias 23 e 24 de setembro, em Passo Fundo (RS)

Análises e tendências na cadeia produtiva do leite serão trazidas ao público que vai participar, na próxima semana, do Interleite Sul 2014. O evento, promovido pela consultoria AgriPoint, ocorre nos dias 23 e 24 de setembro, em Passo Fundo (RS).
A palestra de abertura tem o tema: "Visão integrada da qualidade do leite, do produtor à indústria" e será ministrada por Laerte Cassoli, da Clínica do Leite, da Universidade de São Paulo (USP), no primeiro dia pela manhã. O objetivo, conforme o especialista, é trazer uma visão mais ampla, desde o produtor até a indústria.
– Queremos discutir uma forma de minimizar estes casos e como seguir um sistema de controle de qualidade para evitar problemas como este – observa.
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Cassoli afirma que indústrias no país já adotam sistemas de qualidade, como auditorias em transportadores que coletam o leite nas propriedades. Recorda também o exemplo da China, que em 2008 teve casos de melamina, o que forçou o país a mudar o sistema de controle da qualidade do produto.
– Não adianta ter informação e não tomar uma atitude diante de uma fraude. A China é um bom exemplo que a gente pode se espelhar – avalia.
Outra palestra será dada por Wagner Beskow, da Transpondo Consultoria Agropecuária, com o tema: "Atraindo empreendedores para o leite: a união do capital com o trabalho em contratos de parceria rural no Brasil e no mundo". A ideia é mostrar o exemplo da Nova Zelândia com o Share Milk, que utiliza este conceito.
– Um dos grandes problemas do setor é a mão de obra. Tem pessoas que querem investir na atividade, mas não tem o tempo ou a experiência. De um lado uma pessoa tem o capital, mas não tem a experiência e do outro a pessoa que tem isto não tem o recurso financeiro – ressalta.
No Brasil, Beskow afirma que já existem iniciativas neste tipo de sistema de investimentos, mas ainda é necessária a criação de um modelo organizado para a maior segurança dos investidores.
– Existem iniciativas ainda rudimentares no Brasil, são desestruturadas. Precisamos propor modelos para que se evitem percalços – salienta.
Fonte: Ruralbr